Como compartilhar vídeos no seu blog de forma (quase) profissional
No post anterior, avaliei algumas opções para capturar e compartilhar vídeos de forma simples no seu blog. Talvez você queira dar uma olhada nele antes de entrar na discussão atual:
Essencialmente, a opções que tornam o compartilhamento de vídeos simples são compostas pelo encadeamento de cada uma das seguintes tarefas: capturar, editar, armazenar e compartilhar. Os aplicativos que tratei no último post são uma espécie de pacote de todas essas funções. No entanto, cada tarefa podem tratada separadamente e, no que concerne ao armazenamento, existem várias possibilidades.
Diversos serviços oferecem espaço na nuvem e é por isso que cada um de nós já tem "espaço em disco" abundante, distribuído em diversas contas. O fato é que hoje o armazenamento é a parte mais farta e barata, embora seja um pouco mais difícil encontrar uma interface com boa experiência para que o usuário possa tirar proveito daquilo que já dispõe.
Diante disso, não vou buscar aqui propriamente a melhor solução de armazenamento, e sim a melhor experiência de gestão desse dele. Se você é usário de Mac, aí entra o Dropshare, que é um pequeno aplicativo pago (USD 25,99). Seu objetivo é conectar a barra de menu com sua conta preferida de armazenamento na nuvem. Basta arrastar o arquivo a ser enviado para a nuvem até o atalho do Dropshare e depois copiar o link gerado na nuvem de sua preferência.
Caso prefira usar a própria nuvem do Dropshare, o serviço oferece gratuitamente um plano mensal de 1 GB de transferência de dados, limitado à armazenagem de 512 MB.
O Dropshare é, portanto, uma interface de alimentação do espaço em nuvem provido por diversas fontes, inclusive com a possibilidade de usar a própria nuvem do Dropshare. Geralmente, o aplicativo concorre com empresas que estão no campo do compartilhamento de arquivos. Mas, para nosso caso de uso, o que importa realmente é a armazenagem, uma vez que a exibição do conteúdo acontecerá por meio do blog - e não, por exemplo, pelo envio do link por email.
É certo que o Dropshare tem inúmeros concorrentes no mercado e o Sweet Setup publicou um ótimo comparativo sobre o assunto. Mas existe um detalhe, consistente em que, para a publicação do vídeo capturado no blog, você precisará do link do arquivo, que terminará com a extensão ".mp4". Esse é link do arquivo exibido de forma crua, totalmente transparente para que ele possa ser apresentado como um "embed". Ele nada mais é do que uma janela, dentro do seu blog, por meio da qual o usuário enxergará o arquivo capturado.
Infelizmente, nem todas os provedores oferecem o link nesse formato e ele é essencial para que você possa exibir o vídeo diretamente no seu blog sem interferências. Para isso você tem algumas opções. Caso escolha o Google Drive, o link gerado oferece a você a opção de copiar o iframe, que é a linha de código a ser inserida no blog. Em outras palavras, o Google não impede a divulgação dos arquivos hospedados em sua rede e até facilita essa tarefa, ao publicar o código que facilita a integração com o blog (que é justamente o embed).
Caso escolha o Backblaze, no plano gratuito, o link gerado oferece a opção de copiar o endereço do arquivo para que você mesmo possa preparar o link para inserção no blog. Tanto é possível buscar o "link direto" a partir do próprio Dropshare, quanto abrir o "link padrão" gerado pelo Dropshare. No último caso, ao clicar no vídeo, será exibida a opção de copiar o endereço do arquivo, caminho que é exibido no seguinte vídeo:
Se você é um usuário Windows (e não tem o Dropshare à disposição), imagino que o Cyberduck (R$ 89,90) também resolva, pois tem uma proposta semelhante de gestão do espaço em nuvem de diversos provedores. Para tornar a experiência ainda mais fluida, o Mountain Duck (R$ 149,90) oferece uma série de vantagens, a um preço mais alto.
Mas, nesse ponto, já estamos nos distanciando muito do problema a ser resolvido, uma vez que tais ferramentas são, na verdade, voltadas a um uso mais técnico. Para uma comparação mais detalhada sobre os clientes de FTP, veja o post do BinaryNighsts.
Retomando o fio da meada, estávamos em busca de um cliente para carregar facilmente arquivos na nuvem.
Chegamos até o Dropshare como uma solução para melhorar a experiência de carregar arquivos na nuvem, deixando à escolha do usuário seu serviço favorito de armazenagem. Depois, consideramos clientes de FTP, que são soluções profissionais justamente para esse tipo de demanda. A tendência é que essas soluçõe sejam pagas.
Mas, se orçamento estiver muito curto e você quiser renunciar a alguma comodidade, existem provedores de serviços ainda mais sofisticados que não cobram nada para atender às necessidades de um "blogueiro médio". Trata-se de empresas cuja missão é distribuir conteúdo por uma complexa rede de servidores, em busca de otimizar a velocidade e a qualidade desse fornecimento.
Segue um exemplo de vídeo servido via Cloudinary, no qual é demonstrada a sofisticação no trato das imagens, o que inclui transformação, processamento, otimização e distribuição por uma complexa rede de servidores para melhora da performance do seu aplicativo:
Your browser does not support the video tag.Um concorrente do Cloudinary, também focado no armazenamento, é o Imagekit, cujo plano gratuito oferece 20 GB de banda por mês. Esse tipo de empresa se permite oferecer planos gratuitos para tráfego de dados com franquias generosas, pois o serviço que prestam não é bem esse, e sim um refinamento na forma pela qual transformam e distribuem tais dados.
Em conclusão, está claro que estamos comparando soluções completamente diferentes, pois a avaliação começou com aplicativos que fazem da captura à hospedagem, sendo que ao final estão sendo comparadas soluções genéricas para gestão de arquivos em nuvem. São problemas completamente diferentes, embora os aplicativos mencionados possam ser utilizados para a mesma finalidade.
Poderia concluir também de outra forma: como o Loom é exatamente o que você precisa para capturar e distribuir vídeos de forma ágil, é certeza que eles construirão um modelo de negócio que fará você pagar por isso. Se você busca ficar à margem do modelo de negócios, utilizando o serviço de graça, vai precisar se afastar um pouco da finalidade para qual o software foi desenvolvido. Quanto mais se afastar, mais barata - e mais complexa - ficará a solução.
Essa parece ser uma regra bastante universal e previsível. No meu caso, optei por ficar com o Loom para vídeos descartáveis, CloudApp para uso eventual (pois o plano gratuito é muito limitado) e Dropshare como solução definitiva. Afinal, para mim, o mais importante é uma experiência fluida no envio dos arquivos para a nuvem, que é justamente o problema que o Dropshare se propõe a resolver.