Reorganizando meus cursos no Teams

Logo quando teve início o primeiro semestre de aulas remotas, publiquei aqui um post descrevendo quais ferramentas escolhi para gerir os cursos que leciono na Faculdade de Direito da UnB. Preciso reconhecer que não foram as melhores escolhas.

Passei a usar o Teams, que é a ferramenta oferecida pela organização na qual trabalho. Não morro de amores pelo Teams, mas acho que ninguém morre. Bom ou ruim, todo mundo já usou o aplicativo e sabe como as coisas se organizam.

Particularmente, detesto as notificações do Teams, pois até hoje não consegui evitar que ele me mande email replicando as notificações já exibidas dentro do aplicativo. De outro lado, a ferramenta de vídeo é muito boa e terminou que essa foi a única funcionalidade que usei de verdade.

Estruturando meu curso remoto de Direito Processual Civil
No post explico como estou organizando as disciplinas que leciono na UnB e listo as minhas ferramentas preferidas para isso.
Post no qual descrevo diversas ferramentas que terminei por deixar de usar
E quais foram meus maiores erros na escolha de uma solução com vários aplicativos?

O primeiro erro foi subestimar o trabalho exigido para manter um curso atualizado no nível que eu pretendia. Ao longo do semestre, me dei conta que o trabalho estava sendo muito maior do que eu imaginava e não consegui cumprir o prometido.

O segundo erro foi achar que eu poderia utilizar um modelo de organização de informações (que hoje é a regra no suporte ao cliente) para a organização de um curso acadêmico. Terminei percebendo que para alcançar todos os alunos você tem que mudar o mínimo possível a forma de exibição do seu curso. Bem, se eles são os usuários e querem algo que seja familiar a eles, inovar aqui é um risco.

O terceiro erro foi supor que os alunos utilizariam uma ferramenta de comentários adicional para falar comigo e entre si. Isso realmente não aconteceu. Nem mesmo os alunos utilizaram um recurso para falar apenas comigo. Então, nem tive sucesso no fórum, nem no chat. Terminei cedendo ao WhatsApp, o que era meu maior medo.

Meu quarto erro foi utilizar uma ferramenta gratuita de envio de emails. Confesso que não entendi o que se passou direito. Mas o fato é que o Mailgun não teve uma taxa de entrega de mensagens muito boa e que o funcionamento do Ghost para esse tipo de interação não é livre de riscos. Alguns emails simplesmente não chegavam ou eram identificados como spam.

Mas não tive apenas erros e algumas coisas funcionaram muito bem.

Manter uma ferramenta de feedback em tempo real foi muito interessante, pois confirmei os pontos fortes da minha proposta de curso. De outro lado, o feedback negativo não chegou por esse canal. Imagino que o estudante evite dar um retorno negativo ao seu professor até o fim do semestre.

Publicar mapas mentais com o conteúdo foi um ponto muito positivo. Aqui não tive muita surpresa, pois é algo que eu sempre soube, mesmo antes de usar uma ferramenta de feedback. Em geral, qualquer organização resumida e visual faz muito sucesso com os estudantes.

Por fim, outro ponto que funcionou bem - talvez por ser complementar aos mapas mentais - foi o podcast que criei. Eu fiz um micro-podcast, gravado no Anchor e publicado no Spotify. Foi uma experiência interessante, pois é muito prático produzir conteúdo dessa forma.

É isso. Esses foram meus erros e acertos. De agora em diante, vou utilizar o Teams como principal aplicativo para dar aulas. Não é que o Teams seja excelente em nada. Ele apenas é uma plataforma que todos conhecem e na qual eu posso postar minhas aulas gravadas.

No próximo post vou explicar quais os três aplicativos que continuarei a usar em complemento ao Teams no semestre que está para ter início.

Até breve!


PS: Segue o post com a atualização prometida:

Aplicativos para complementar cursos oferecidos pelo Teams
Como solucionar as fragilidades da solução da Microsoft para cursos remotos?
Post explicando como uso o Akindi, o SendFox e o Sleekbio