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DireitoTec

Construindo um laboratório de ciência de dados jurídicos

Para tratar de um assunto tão complicado, gostaria de iniciar por uma noção bastante simples: uma corrente é tão forte quanto seu elo mais frágil. Então, se você está em busca de construir (ou ingressar em) um laboratório de ciência de dados juridícos, dentro da sua universidade, é preciso investigar como está a força de cada uma das seguintes etapas:

  • Você tem pesquisas anteriores que já permitiram compreender o contexto jurídico de um campo delimitado? Em outras palavras, você já domina a área do negócio?
  • Sua pesquisa anterior se esgotou ou foi limitada pela ausência de dados? Ou seja, só é possivel alcançar um novo nível científico após desbravar esse horizonte?
  • Após confirmar as limitações do passo anterior, você formulou problemas cujas respostas podem ser obtidas a partir de dados?
  • Além dos problemas, você já formulou hipóteses passíveis de teste com esses dados?
  • É possível obter os dados demandados pela sua hipótese? Esses dados estão disponíveis ao menos de forma desestruturada?
  • Se necessário, você tem condições de estruturar esses dados?
  • Depois de estruturar os dados, você terá condições de manter a atualização e evoluir na modelagem dos dados? Em outras palavras, o quanto sua pesquisa é descartável?
  • Além de você, já existe uma equipe com cultura de dados que possa compreender os desafios desse tipo de pesquisa e está disposta a caminhar nessa direção?
  • Sua equipe tem uma rotina de trabalho e gestão do conhecimento que permitam tocar planos individuais relativamente simples em paralelo (por exemplo, alguns TCC), orientadas por marcos que amparem pesquisas mais sofisticadas no futuro (por exemplo, uma tese de doutorado)?
  • Você já documentou um ciclo de formação mínimo para embarcar novos pesquisadores? Existem alternativas mais econômicas a um ciclo de formação que dependa de você? Por exempo, já existe um curso de formação de ciência de dados de oferta regular e acessível aos potenciais membros da sua equipe?
  • Além de seus subordinados, você conta com pessoas com conhecimento de outras áreas que tenham condição de confirmar a viabilidade da sua ambição?
  • Ou seja, tendo como objetivo realizar pesquisas empíricas em direito (ciência social aplicada), você tem uma rede para evoluir em parceria com conhecimentos de suporte tecnológico (ciências exatas)?
  • Você está aberto a aceitar e orientar seu planejamento a partir dessa análise de viabilidade, conjugando projetos de pesquisa imediatamente viáveis e um horizonte de inovação a ser desbravado?
  • O resultado das pesquisas podem ser incorporadas a produtos que tenham valor para o mercado? Você já tem um plano para ter acesso ao mercado?

É claro que esse não é um caminho único. Existem diversos tipos de laboratório, principalmente quando se trata do contexto universitário, no qual boa parte dos recursos dos laboratórios são demandas de atividade de ensino ou de pesquisa básica. Mas, se você está envolvido na construção de um laboratório que tenha finalidade jurídica e que trabalhe com dados, talvez queira tomar certas cautelas. Afinal, tecnologia não e sua área principal.

Em conclusão, construir um laboratório não é o mesmo que comprar equipamentos. Um laboratório é construído em torno de problemas a serem solucionados. E esses não são problemas pequenos, pois exigem colaboração de diversas áreas para serem superados. O ambiente de trabalho e a cultura desse grupo de pessoas são os alicerces do laboratório. Na verdade, é algo bastante intangível.

Em um mundo no qual a infraestrutura tecnológica passou a ser consumida como serviço (computação em nuvem), ter os recursos físicos não é mais vantagem competitiva absoluta. O real desafio é desenvolver um trabalho que concilie pesquisa e inovação com a urgência e o pragmatismo demandados pelo mercado.

Afinal, nessa área, sem o mercado não há pesquisa financiada. E, sem dinheiro, não estarão presentes as demais condições para criar e manter um laboratório desse tipo. Minha recomendação é que não vá às compras no primeiro dia, pois antes você precisa responder à lista de perguntas listadas no inicio do post.


PS: Enquanto escrevia o post, tomei conhecimento que o CNJ, pela Portaria 25/19, criou um laboratório (chamado Inova PJe) e um Centro de Inteligência Artificial. Não acho que as reflexões do post seja plenamente aplicáveis a laboratórios institucionais. Na verdade, vejo mais o CNJ como uma instância decisória do que operacional. A operação propriamente dita ocorreria, por exemplo, em convênio com um laboratório acadêmico, cujo funcionamento descrevi no post.

Construindo um laboratório de ciência de dados jurídicos

Para tratar de um assunto tão complicado, gostaria de iniciar por uma noção bastante simples: uma corrente é tão forte quanto seu elo mais frágil. Então, se você está em busca de construir (ou ingressar em) um laboratório de ciência de dados juridícos, dentro da sua universidade, é preciso investigar como está a força de cada uma das seguintes etapas:

  • Você tem pesquisas anteriores que já permitiram compreender o contexto jurídico de um campo delimitado? Em outras palavras, você já domina a área do negócio?
  • Sua pesquisa anterior se esgotou ou foi limitada pela ausência de dados? Ou seja, só é possivel alcançar um novo nível científico após desbravar esse horizonte?
  • Após confirmar as limitações do passo anterior, você formulou problemas cujas respostas podem ser obtidas a partir de dados?
  • Além dos problemas, você já formulou hipóteses passíveis de teste com esses dados?
  • É possível obter os dados demandados pela sua hipótese? Esses dados estão disponíveis ao menos de forma desestruturada?
  • Se necessário, você tem condições de estruturar esses dados?
  • Depois de estruturar os dados, você terá condições de manter a atualização e evoluir na modelagem dos dados? Em outras palavras, o quanto sua pesquisa é descartável?
  • Além de você, já existe uma equipe com cultura de dados que possa compreender os desafios desse tipo de pesquisa e está disposta a caminhar nessa direção?
  • Sua equipe tem uma rotina de trabalho e gestão do conhecimento que permitam tocar planos individuais relativamente simples em paralelo (por exemplo, alguns TCC), orientadas por marcos que amparem pesquisas mais sofisticadas no futuro (por exemplo, uma tese de doutorado)?
  • Você já documentou um ciclo de formação mínimo para embarcar novos pesquisadores? Existem alternativas mais econômicas a um ciclo de formação que dependa de você? Por exempo, já existe um curso de formação de ciência de dados de oferta regular e acessível aos potenciais membros da sua equipe?
  • Além de seus subordinados, você conta com pessoas com conhecimento de outras áreas que tenham condição de confirmar a viabilidade da sua ambição?
  • Ou seja, tendo como objetivo realizar pesquisas empíricas em direito (ciência social aplicada), você tem uma rede para evoluir em parceria com conhecimentos de suporte tecnológico (ciências exatas)?
  • Você está aberto a aceitar e orientar seu planejamento a partir dessa análise de viabilidade, conjugando projetos de pesquisa imediatamente viáveis e um horizonte de inovação a ser desbravado?
  • O resultado das pesquisas podem ser incorporadas a produtos que tenham valor para o mercado? Você já tem um plano para ter acesso ao mercado?

É claro que esse não é um caminho único. Existem diversos tipos de laboratório, principalmente quando se trata do contexto universitário, no qual boa parte dos recursos dos laboratórios são demandas de atividade de ensino ou de pesquisa básica. Mas, se você está envolvido na construção de um laboratório que tenha finalidade jurídica e que trabalhe com dados, talvez queira tomar certas cautelas. Afinal, tecnologia não e sua área principal.

Em conclusão, construir um laboratório não é o mesmo que comprar equipamentos. Um laboratório é construído em torno de problemas a serem solucionados. E esses não são problemas pequenos, pois exigem colaboração de diversas áreas para serem superados. O ambiente de trabalho e a cultura desse grupo de pessoas são os alicerces do laboratório. Na verdade, é algo bastante intangível.

Em um mundo no qual a infraestrutura tecnológica passou a ser consumida como serviço (computação em nuvem), ter os recursos físicos não é mais vantagem competitiva absoluta. O real desafio é desenvolver um trabalho que concilie pesquisa e inovação com a urgência e o pragmatismo demandados pelo mercado.

Afinal, nessa área, sem o mercado não há pesquisa financiada. E, sem dinheiro, não estarão presentes as demais condições para criar e manter um laboratório desse tipo. Minha recomendação é que não vá às compras no primeiro dia, pois antes você precisa responder à lista de perguntas listadas no inicio do post.


PS: Enquanto escrevia o post, tomei conhecimento que o CNJ, pela Portaria 25/19, criou um laboratório (chamado Inova PJe) e um Centro de Inteligência Artificial. Não acho que as reflexões do post seja plenamente aplicáveis a laboratórios institucionais. Na verdade, vejo mais o CNJ como uma instância decisória do que operacional. A operação propriamente dita ocorreria, por exemplo, em convênio com um laboratório acadêmico, cujo funcionamento descrevi no post.

Para ser um orientador produtivo: banco de projetos e bliblioteca de referências

Já tentei todo tipo de organização para ser um orientador produtivo e, assim, ter um bom grupo de pesquisa. Não é uma tarefa fácil, mas - como professor - é algo que você precisa encarar de frente. Do contrário, será demandado repetidamente, sempre prestando as mesmas informações, a cada semestre que passa, para diferentes orientandos.

A organização com base em ferramentas é essencial na preparação dos encontros de orientação. Se isso for feito, o orientador passa a ter agilidade ao prover as fontes para que o orientando possa ler antes desse encontro pessoal. E o orientando terá um encontro mais produtivo, que é justamente aquilo que todos desejam. Assim é possível avançar na pesquisa com mais agilidade.

Banco de projetos

Na minha opinião, para a fase inicial da pesquisa, é essencial manter um banco de projetos que possa ser facilmente atualizado e compartilhado com os orientandos. Embora eu já tenha tentado, no passado, automatizar essa parte do fluxo de trabalho com uma base de dados  (incluindo um link de consulta e filtros abertos ao público),  não me parece mais uma boa ideia.

Hoje minha opção é por gerir pessoalmente o banco de projetos e apenas enviar para cada novo orientando um bloco de 10 a 20 projetos conexos ao tema de seu interesse. Depois de ler 20 projetos bons, é muito provável que o orientando retorne, para um segundo encontro, com um projeto da mesma qualidade.

Esta é minha primeira conclusão: para que o estudante possa redigir um bom projeto, ele precisa ler vários outros.

Sem ler dezenas de projetos, o estudante não interioriza aquilo que precisa. Ele fica sem referência, pois seu próprio projeto é praticamente o único que ele lerá na vida. O esforço nessa parte realmente tem retorno, não importando se você orienta um trabalho de graduação ou revisa um projeto de tese. Então, se você é professor, minha sugestão é que mantenha esse banco a partir da seleçao de todos os projetos que  venha a ler. Dá trabalho e toma tempo, mas o retorno é garantido.

Existem diversas opções para ajudar na manutenção desse banco. Você pode usar o Airtable para criar uma base de documentos e compartilhar o link com seu orientando. Se precisar de inspiração, veja este template. Embora o template seja de um catálogo de livros, basta adaptar para que se transforme em um catálogo de projetos. Se quiser alguma opção, veja o Zenkit, que é praticamente um clone do Airtable. Isso e tudo o que você precisa.

Biblioteca de referências

Chega a ser nostálgica a ideia de que alguém venha a desenvolver qualquer pesquisa apenas visitando a biblioteca para tirar cópia de livros de papel. Na verdade, todos nós iniciamos a pesquisa pela internet. Isso também nos leva a um problema comum, consistente no desafio de manter um acervo eletrônico de livros e artigos prontos para consulta e citação.

Se de um lado é certo que um estudante de graduação não precisa dessa sofisticação toda para terminar um trabalho de conclusão de curso, é muito provável que um pesquisador profissional tenha, qualquer que seja, a sua forma de organizar uma biblioteca digital.

Vamos avaliar alguns cenários. A pessoa tem uma pasta com cheia de arquivos em pdf no seu computador. Sem dúvida que funciona, apesar das limitações óbvias. Uma variação popular é a pasta compartilhada no Dropbox. Mas essas opções são apenas formas de armazenar arquivos. O que  um pesquisador profissional - e que seja moderninho - demanda está além disso. Afinal, é preciso gerir as citações de forma integrada com seu editor de texto ou, ao menos, gerar a bibliografia com um clique.

Acho que existem  opções bastante consistentes no mercado para esse tipo de tarefa. A mais popular (e que conta com um plano premium pago acessivel) é o Mendeley. No passado, acho que o EndNote já foi uma opção séria, mas é ainda mais caro. Eu prefiro a alternativa a open source, chamada Zotero. Para mim é a solução definitiva.

Esta é minha segunda conclusão: para que o orientações possa prover referências com agilidade, sua biblioteca de referências precisa estar organizada.

Conclusão

Para o orientador, vale investir na organização de uma base de projetos, pois isso poupa trabalho e aumenta a qualidade do projeto a ser elaborado pelo orientando. Uma vez que o projeto tenha sido elaborado, vale investir na organização de uma biblioteca de referências para auxiliar o aprimoramento do texto.

Em conjunto, essas ferramentas impedem que cada processo de orientação se converta na reinvenção da roda. E disso certamente não precisamos.


Para ser um orientador produtivo: banco de projetos e bliblioteca de referências

Já tentei todo tipo de organização para ser um orientador produtivo e, assim, ter um bom grupo de pesquisa. Não é uma tarefa fácil, mas - como professor - é algo que você precisa encarar de frente. Do contrário, será demandado repetidamente, sempre prestando as mesmas informações, a cada semestre que passa, para diferentes orientandos.

A organização com base em ferramentas é essencial na preparação dos encontros de orientação. Se isso for feito, o orientador passa a ter agilidade ao prover as fontes para que o orientando possa ler antes desse encontro pessoal. E o orientando terá um encontro mais produtivo, que é justamente aquilo que todos desejam. Assim é possível avançar na pesquisa com mais agilidade.

Banco de projetos

Na minha opinião, para a fase inicial da pesquisa, é essencial manter um banco de projetos que possa ser facilmente atualizado e compartilhado com os orientandos. Embora eu já tenha tentado, no passado, automatizar essa parte do fluxo de trabalho com uma base de dados  (incluindo um link de consulta e filtros abertos ao público),  não me parece mais uma boa ideia.

Hoje minha opção é por gerir pessoalmente o banco de projetos e apenas enviar para cada novo orientando um bloco de 10 a 20 projetos conexos ao tema de seu interesse. Depois de ler 20 projetos bons, é muito provável que o orientando retorne, para um segundo encontro, com um projeto da mesma qualidade.

Esta é minha primeira conclusão: para que o estudante possa redigir um bom projeto, ele precisa ler vários outros.

Sem ler dezenas de projetos, o estudante não interioriza aquilo que precisa. Ele fica sem referência, pois seu próprio projeto é praticamente o único que ele lerá na vida. O esforço nessa parte realmente tem retorno, não importando se você orienta um trabalho de graduação ou revisa um projeto de tese. Então, se você é professor, minha sugestão é que mantenha esse banco a partir da seleçao de todos os projetos que  venha a ler. Dá trabalho e toma tempo, mas o retorno é garantido.

Existem diversas opções para ajudar na manutenção desse banco. Você pode usar o Airtable para criar uma base de documentos e compartilhar o link com seu orientando. Se precisar de inspiração, veja este template. Embora o template seja de um catálogo de livros, basta adaptar para que se transforme em um catálogo de projetos. Se quiser alguma opção, veja o Zenkit, que é praticamente um clone do Airtable. Isso e tudo o que você precisa.

Biblioteca de referências

Chega a ser nostálgica a ideia de que alguém venha a desenvolver qualquer pesquisa apenas visitando a biblioteca para tirar cópia de livros de papel. Na verdade, todos nós iniciamos a pesquisa pela internet. Isso também nos leva a um problema comum, consistente no desafio de manter um acervo eletrônico de livros e artigos prontos para consulta e citação.

Se de um lado é certo que um estudante de graduação não precisa dessa sofisticação toda para terminar um trabalho de conclusão de curso, é muito provável que um pesquisador profissional tenha, qualquer que seja, a sua forma de organizar uma biblioteca digital.

Vamos avaliar alguns cenários. A pessoa tem uma pasta com cheia de arquivos em pdf no seu computador. Sem dúvida que funciona, apesar das limitações óbvias. Uma variação popular é a pasta compartilhada no Dropbox. Mas essas opções são apenas formas de armazenar arquivos. O que  um pesquisador profissional - e que seja moderninho - demanda está além disso. Afinal, é preciso gerir as citações de forma integrada com seu editor de texto ou, ao menos, gerar a bibliografia com um clique.

Acho que existem  opções bastante consistentes no mercado para esse tipo de tarefa. A mais popular (e que conta com um plano premium pago acessivel) é o Mendeley. No passado, acho que o EndNote já foi uma opção séria, mas é ainda mais caro. Eu prefiro a alternativa a open source, chamada Zotero. Para mim é a solução definitiva.

Esta é minha segunda conclusão: para que o orientações possa prover referências com agilidade, sua biblioteca de referências precisa estar organizada.

Conclusão

Para o orientador, vale investir na organização de uma base de projetos, pois isso poupa trabalho e aumenta a qualidade do projeto a ser elaborado pelo orientando. Uma vez que o projeto tenha sido elaborado, vale investir na organização de uma biblioteca de referências para auxiliar o aprimoramento do texto.

Em conjunto, essas ferramentas impedem que cada processo de orientação se converta na reinvenção da roda. E disso certamente não precisamos.


Compartilhando o status do seu trabalho: integração do Jibble com o Slack

Trabalhar já é difícil. Imagine prestar contas... e trabalhar. Mas é uma rotina na qual precisamos investir para que nosso trabalho seja, ao menos, mais visto pelos colegas. E isso também é importante para a melhora do trabalho de equipe. Neste post dou algumas dicas sobre como é possível organizar essa rotina com algumas ferramentas de produtividade.

Usando o Slack como área de trabalho remoto

O vídeo a seguir mostra uma rotina simplificada de como prestar contas. Capturei o telefone com o Jibble à esquerda e a respectiva equipe no Slack. Basicamente, o que o vídeo mostra é um usuário (no caso eu 🙂) navegando dentro do aplicativo do Jibble no iPhone e selecionando: In/Out → In → Confirm In.

Como é intuitivo, para que a integração funcione, o administrador precisa ter criado as contas tanto no Jibble quanto no Slack. Depois o administrador precisa convidar a equipe, por email, para fazer parte em cada um dos sistemas. Por fim, integrará os serviços, convidando o bot do Jibble para habitar a área de trabalho do Slack. Mas realmente isso só interessa ao administrador.

Do ponto de vista do usuário, ele somente receberá os convites, cadastrará suas senhas e, se desejar, também vai instalar os aplicativos nas plataformas de sua preferência. Aqui estamos demonstrando o Jibble no telefone e o Slack no computador e a rotina capturada é a que vai regitrar meu check-in.

Como a equipe do Jibble está integrada por meio do Slack, todos serão notificados, no respectivo canal, de que estou trabalhando no momento. Veja a notificação que surge no canto inferior direito da tela, ao final da linha do tempo do canal. Ao terminar, tudo o que preciso fazer é: In/Out → Out → Confirm Out.


Além do controle de ponto: o que foi efetivamente feito

Essa simples interação vai gerar informação suficiente para saber quem trabalhou, por quanto tempo e em qual frequência. Mas o sistema permite saber muito mais sobre o trabalho. Veja, por exemplo, outra equipe que tenho no Jibble, ligado a outro espaço de trabalho no Slack. Essa outra equipe já tem uma cultura estabelecida de prestação de contas com mais detalhes.

Lá foi habilitado um campo chamado "Optional Note/Task", no qual usuário informa o que pretende fazer ao iniciar seu turno de trabalho. Igualmente, ao fazer o seu check-out, o mesmo campo vai aparecer e o usuário terá a chance comentar se cumpriu ou não o que pretendia fazer.

Para usuários experientes, basta informar o que conseguiu realizar ao fazer ao check-out, sendo o primeiro registro dispensável. De outro lado, a experiência mostra que usuários menos aplicados simplesmente podem não se lembrar de fazer o check-out, deixando uma lacuna no sistema. Por isso é importante se acostumar a lançar também o que você pretende fazer ao iniciar o turno de trabalho.


Não é tema deste post, mas o Jibble tem uma série de configurações adicionais e que esperamos que usuário descubra ao usar o aplicativo. A primeira funcionalidade que o usuário notará é que sempre programo um check-out automático a cada quatro horas. O efeito prático é que o usuário "esquecido" ficará sempre marcado pelo "auto check-out" e não terá a oportunidade de registrar o que conseguiu realizar. Naturalmente, esse é um ponto negativo e que ficará registrado para futura avaliação. 😇

PS: Gostou? Quer saber mais? Veja o Help do Jibble sobre como fazer check-in sem ter que instalar o aplicativo.

Compartilhando o status do seu trabalho: integração do Jibble com o Slack

Trabalhar já é difícil. Imagine prestar contas... e trabalhar. Mas é uma rotina na qual precisamos investir para que nosso trabalho seja, ao menos, mais visto pelos colegas. E isso também é importante para a melhora do trabalho de equipe. Neste post dou algumas dicas sobre como é possível organizar essa rotina com algumas ferramentas de produtividade.

Usando o Slack como área de trabalho remoto

O vídeo a seguir mostra uma rotina simplificada de como prestar contas. Capturei o telefone com o Jibble à esquerda e a respectiva equipe no Slack. Basicamente, o que o vídeo mostra é um usuário (no caso eu 🙂) navegando dentro do aplicativo do Jibble no iPhone e selecionando: In/Out → In → Confirm In.

Como é intuitivo, para que a integração funcione, o administrador precisa ter criado as contas tanto no Jibble quanto no Slack. Depois o administrador precisa convidar a equipe, por email, para fazer parte em cada um dos sistemas. Por fim, integrará os serviços, convidando o bot do Jibble para habitar a área de trabalho do Slack. Mas realmente isso só interessa ao administrador.

Do ponto de vista do usuário, ele somente receberá os convites, cadastrará suas senhas e, se desejar, também vai instalar os aplicativos nas plataformas de sua preferência. Aqui estamos demonstrando o Jibble no telefone e o Slack no computador e a rotina capturada é a que vai regitrar meu check-in.

Como a equipe do Jibble está integrada por meio do Slack, todos serão notificados, no respectivo canal, de que estou trabalhando no momento. Veja a notificação que surge no canto inferior direito da tela, ao final da linha do tempo do canal. Ao terminar, tudo o que preciso fazer é: In/Out → Out → Confirm Out.


Além do controle de ponto: o que foi efetivamente feito

Essa simples interação vai gerar informação suficiente para saber quem trabalhou, por quanto tempo e em qual frequência. Mas o sistema permite saber muito mais sobre o trabalho. Veja, por exemplo, outra equipe que tenho no Jibble, ligado a outro espaço de trabalho no Slack. Essa outra equipe já tem uma cultura estabelecida de prestação de contas com mais detalhes.

Lá foi habilitado um campo chamado "Optional Note/Task", no qual usuário informa o que pretende fazer ao iniciar seu turno de trabalho. Igualmente, ao fazer o seu check-out, o mesmo campo vai aparecer e o usuário terá a chance comentar se cumpriu ou não o que pretendia fazer.

Para usuários experientes, basta informar o que conseguiu realizar ao fazer ao check-out, sendo o primeiro registro dispensável. De outro lado, a experiência mostra que usuários menos aplicados simplesmente podem não se lembrar de fazer o check-out, deixando uma lacuna no sistema. Por isso é importante se acostumar a lançar também o que você pretende fazer ao iniciar o turno de trabalho.


Não é tema deste post, mas o Jibble tem uma série de configurações adicionais e que esperamos que usuário descubra ao usar o aplicativo. A primeira funcionalidade que o usuário notará é que sempre programo um check-out automático a cada quatro horas. O efeito prático é que o usuário "esquecido" ficará sempre marcado pelo "auto check-out" e não terá a oportunidade de registrar o que conseguiu realizar. Naturalmente, esse é um ponto negativo e que ficará registrado para futura avaliação. 😇

PS: Gostou? Quer saber mais? Veja o Help do Jibble sobre como fazer check-in sem ter que instalar o aplicativo.

Como trabalhar remotamente e ter um grupo de pesquisa produtivo

A plataforma de trabalho do DireitoTec tem base no Slack. Existem outras plataformas, mas o Slack é um bom ponto de partida para você que busca construir um grupo de pesquisa ou um grupo de trabalho que precise se comunicar de forma mais organizada e assíncrona.

Superando o Whatsapp

A comunicação instantânea deixou de ser um problema com o Whatsapp. Mas o Whatsapp nos criou uma série de outros problemas. Para nós é premissa que trabalho e outros assuntos estejam separados e que nossos pesquisadores estejam efetivamente concentrados enquando se dedicam aos nossos projetos. Ao mesmo tempo, precisamos de agilidade na comunicação.

Bem, se você estiver no Whatsapp, o seu grupo será uma timeline apenas, confundindo a comunicação. Ou melhor, aplicativos como o Whatsapp são feitos no propósito de informar instantaneamente uma comunidade sobre um assunto apenas, de preferência um assunto simples. Além disso, é normal que você possa perder alguma notificação sem graves consequências. Isso simplesmente não serve ao nosso propósito.

A solução dada pelo Slack e suas alternativas é criar um canal para cada assunto, de modo que diferentes subgrupos habitem somente os canais de seu interesse.

Trocando em miúdos, o Slack é uma espécie de conjunto de grupos de Whatsapp, no sentido que cada grupo tem uma timeline. É claro que não é apenas isso, mas é preciso primeiro fixarmos alguns entendimentos mínimos para compreendermos todo o potencial das áreas de trabalho remoto.

Desenhando sua área de trabalho

Nossa área de trabalho no Slack muda ao longo do tempo, de tal modo que compartilhamos aqui o que está disposto hoje. Temos alguns grupos abertos (marcados com um íncone de #), nos quais separamos algumas comunidades. No nosso caso, os canais fechados habitados por equipes destinas a algum projeto financiado e dentro deles ocorre a prestação de contas do projeto.

Slack_-_DireitoTec

Dominando os bots

Temos também canais habitados por bots. Na verdade não é tão chique assim.

Os bots são integrações do Slack com outros softwares, de tal modo que as mensagens trocadas tanto servem de input quanto output. Isso quer dizer que os canais exibem mensagens no Slack, passivamente, ao atualizar o status de alguma atividade desempenhada fora dele. Ou então, ativamente, o próprio Slack envia um comando para que você possa operar o software integrado com o Slack, por meio de uma mensagem com sintaxe previamente estabelecida.

É mais fácil do que parece, pois a usabilidade da ferramenta é incrível. Tudo o que você precisa fazer é procurar por integrações disponíveis e convidar o bot respectivo para sua área de trabalho. A lista de aplicativos com integração com o Slack está disponível em sua loja. Escolha o aplicativo de sua preferência e, se isso ainda não faz parte do seu hábito, comece a se acostumar a conversar com ele por uma linha de comando.

Um canal para cada necessidade

Voltando ao assunto, para cada necessidade do nosso grupo existe um canal e muitas vezes existe um bot também. Para gerir as planilhas temos o canal do Airtable. Para escrita colaborativa temos o canal do Draft. E para gerir as referências bibliográficas temos o canal do Zotero.

Há também canais fechados (marcados com um ícone de cadeado), pois são reservados a pesquisadores que estão em atividade remunerada. Esse grupo presta contas por meio de uma espécie de folha de ponto, chamada Jibble. Além disso, os pesquisadores em projeto remunerado respondem a questões periódicas sobre o que fizeram, planejam fazer e as dificuldades que estão enfrentanado. O bot que cuida dessa manutenção se chama Tatsu. Por fim, temos o bot dedicado à gestão de tarefas com prazos estipulados, chamado Todoist.

Algumas pessoas podem achar essa caixa de ferramentas sobrecarregada. Mas a verdade é que, se você se envolve em um projeto complexo, vai precisar gerenciar diversas frentes e o melhor é que elas estejam separadas.

Em breve voltaremos a publicar aqui postagens dedicadas a cada uma dessas ferramentas e esperamos ouvir como elas estão ajudando (ou não) o seu processo de trabalho.

Como trabalhar remotamente e ter um grupo de pesquisa produtivo

A plataforma de trabalho do DireitoTec tem base no Slack. Existem outras plataformas, mas o Slack é um bom ponto de partida para você que busca construir um grupo de pesquisa ou um grupo de trabalho que precise se comunicar de forma mais organizada e assíncrona.

Superando o Whatsapp

A comunicação instantânea deixou de ser um problema com o Whatsapp. Mas o Whatsapp nos criou uma série de outros problemas. Para nós é premissa que trabalho e outros assuntos estejam separados e que nossos pesquisadores estejam efetivamente concentrados enquando se dedicam aos nossos projetos. Ao mesmo tempo, precisamos de agilidade na comunicação.

Bem, se você estiver no Whatsapp, o seu grupo será uma timeline apenas, confundindo a comunicação. Ou melhor, aplicativos como o Whatsapp são feitos no propósito de informar instantaneamente uma comunidade sobre um assunto apenas, de preferência um assunto simples. Além disso, é normal que você possa perder alguma notificação sem graves consequências. Isso simplesmente não serve ao nosso propósito.

A solução dada pelo Slack e suas alternativas é criar um canal para cada assunto, de modo que diferentes subgrupos habitem somente os canais de seu interesse.

Trocando em miúdos, o Slack é uma espécie de conjunto de grupos de Whatsapp, no sentido que cada grupo tem uma timeline. É claro que não é apenas isso, mas é preciso primeiro fixarmos alguns entendimentos mínimos para compreendermos todo o potencial das áreas de trabalho remoto.

Desenhando sua área de trabalho

Nossa área de trabalho no Slack muda ao longo do tempo, de tal modo que compartilhamos aqui o que está disposto hoje. Temos alguns grupos abertos (marcados com um íncone de #), nos quais separamos algumas comunidades. No nosso caso, os canais fechados habitados por equipes destinas a algum projeto financiado e dentro deles ocorre a prestação de contas do projeto.

Slack_-_DireitoTec

Dominando os bots

Temos também canais habitados por bots. Na verdade não é tão chique assim.

Os bots são integrações do Slack com outros softwares, de tal modo que as mensagens trocadas tanto servem de input quanto output. Isso quer dizer que os canais exibem mensagens no Slack, passivamente, ao atualizar o status de alguma atividade desempenhada fora dele. Ou então, ativamente, o próprio Slack envia um comando para que você possa operar o software integrado com o Slack, por meio de uma mensagem com sintaxe previamente estabelecida.

É mais fácil do que parece, pois a usabilidade da ferramenta é incrível. Tudo o que você precisa fazer é procurar por integrações disponíveis e convidar o bot respectivo para sua área de trabalho. A lista de aplicativos com integração com o Slack está disponível em sua loja. Escolha o aplicativo de sua preferência e, se isso ainda não faz parte do seu hábito, comece a se acostumar a conversar com ele por uma linha de comando.

Um canal para cada necessidade

Voltando ao assunto, para cada necessidade do nosso grupo existe um canal e muitas vezes existe um bot também. Para gerir as planilhas temos o canal do Airtable. Para escrita colaborativa temos o canal do Draft. E para gerir as referências bibliográficas temos o canal do Zotero.

Há também canais fechados (marcados com um ícone de cadeado), pois são reservados a pesquisadores que estão em atividade remunerada. Esse grupo presta contas por meio de uma espécie de folha de ponto, chamada Jibble. Além disso, os pesquisadores em projeto remunerado respondem a questões periódicas sobre o que fizeram, planejam fazer e as dificuldades que estão enfrentanado. O bot que cuida dessa manutenção se chama Tatsu. Por fim, temos o bot dedicado à gestão de tarefas com prazos estipulados, chamado Todoist.

Algumas pessoas podem achar essa caixa de ferramentas sobrecarregada. Mas a verdade é que, se você se envolve em um projeto complexo, vai precisar gerenciar diversas frentes e o melhor é que elas estejam separadas.

Em breve voltaremos a publicar aqui postagens dedicadas a cada uma dessas ferramentas e esperamos ouvir como elas estão ajudando (ou não) o seu processo de trabalho.