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vida acadêmica

Como aplicar provas objetivas na pandemia

Akindi é o aplicativo que torna fácil aplicar e corrigir gratuitamente uma prova objetiva pela internet

Assim que a pandemia de Covid-19 teve início e as aulas foram suspensas, os professores precisaram se adaptar rápido. Creio que essa adaptação, em boa medida, tenha se limitado à transposição de aulas presenciais para as mesmas aulas em vídeo. Com isso, durante a pandemia, a preocupação com a avaliação ficou em segundo plano, pois tínhamos problemas mais urgentes.

Na verdade, dentro do meu universo (sou professor de uma Faculdade de Direito), sinto que sempre houve uma preocupação preponderante com as atividades de ensino (com as atividades de avaliação mantidas em segundo plano). Além disso, precisamos ter em conta que o curso de direito trabalha com muitas matérias conceituais - o que demanda a aplicação de provas dissertativas. Ou seja, como na área de humanas em geral, o curso de direito é um terreno fértil para provas mais abertas.

Na prática, até a necessidade de isolamento pessoal, os professores com quem tenho maior proximidade se dedicavam mais às avaliações terminavam por investir em técnicas de avaliação que demandavam encontros presenciais e criatividade. Mas e agora? Bem, agora todos temos um incentivo maior para investir em avaliações objetivas e que possam ser aplicadas remotamente sem muitos problemas.

Para minha sorte, as disciplinas que leciono são bastante dogmáticas, com muita base na lei. Então pude investir numa solução de avaliação objetiva e de aplicação remota.

Minha opção atual é o Akindi, que se coloca como uma opção ao líder de mercado americano (chamado Scantron e que faz exatamente o que os grandes e caros scanners para correção de prova objetiva sempre fizeram). Essa comparação pode não fazer tanto sentido para nós, mas é importante para compreender quem é o público do Akindi e a razão pela qual eles não oferecem tradução para o português em seu serviço ou qualquer de seus materiais.

Akindi - Effortless Grading (Scantron Alternative)
Grade assessments effortlessly. Create multiple choice assessments using regular paper and scan them with any scanner or iPhone! A free Scantron alternative you’re sure to love.
Clique para ver o vídeo de apresentação do Akindi

Veja o Akindi em ação no vídeo seguinte. Esta é uma simulação da prova, na visão de um estudante, que acaba de receber o convite para realizar a atividade:

Agora que já vimos como o Akindi se coloca e como funciona, vou dizer como eu vejo o Akindi. Trata-se de uma solução para aplicação de provas em papel ou por forma remota, cujo diferencial é sua simplicidade. Você não precisa de nenhum sistema elaborado para usar o Akindi, bastando que tenha uma lista de emails e um número de matrícula, que pode ser o número oficial ou um número qualquer criado para o seu controle.

Embora ele seja uma ferramenta autônoma, é possível sua integração com os sistemas mais robustos de aprendizado do mercado, entre eles: Blackboard, Canvas, Moodle e Brightspace. É possível concluir que, com essa estratégia, o Akindi está mirando nas escolas ricas, que já contam com um sistema robusto de Learning Management System (LMS).

Com esse tipo de integração, a lista de chamada continua a funcionar no LMS principal e o Akindi funciona como uma camada, praticamente invisível, para a aplicação de provas. No meu caso, com não uso nenhum LMS e não preciso de integração, fica ainda mais fácil optar pelo Akindi, pois ele tem um plano grátis para gerir uma turma apenas, com uma avaliação por vez.

Para gerir mais de uma turma com o mesmo login, seria necessário pagar USD 99 por ano, em valores estimados. Digo estimados, pois atualmente o Akindi não publica mais uma tabela de preços e só trabalha com orçamentos caso a caso. Então esse valor antigo pode atualmente ser muito maior.

Por ser um programa que cuida de apenas uma tarefa, a implementação de suas funcionalidades pode ser perfeita. Na área de suporte do Akindi você pode ver um pouco de como o fluxo de trabalho não tem gargalos e como o sistema é, a um só tempo, simples e poderoso. Trata-se de um produto em evolução constante, como pode ser visto na área de novidades do Akindi.

Os pontos mais fracos, se é que existem, são de conhecimento da equipe de desenvolvimento. A título de exemplo, o Akindi não tem um editor nativo para elaboração de questões com formatação complexa, pois sua opção é converter uma prova que tenha sido elaborada no Word apenas com texto. Não é o ideal, mas tudo bem, pois você pode corrigir os erros de importação manualmente depois. Além disso, não uso gráficos nas minhas provas.

Alguns aspectos do Akindi realmente são incríveis, por exemplo, é possível: agendar um horário de aplicação da prova, limitar a duração da prova, configurar durações diferentes para estudantes com necessidades especiais, impedir que o estudante possa voltar para rever suas marcações, exibir uma questão por vez, embaralhar as questões da prova para cada estudante, enviar notificações para cada estudante, etc.

Além de oferecer uma solução robusta para a aplicação da prova, enviando um email personalizado para cada estudante, o Akindi tem uma área de administração com gráficos que indicam ao professor quais são as questões fáceis e as difíceis. Isso é apenas um exemplo, mas que já ilustra bem a capacidade do programa.

Tudo isso faz do Akindi a minha opção definitiva, depois de tantos anos buscando uma ferramenta que fosse capaz de atender minhas necessidades de avaliação, especialmente no cenário de isolamento social no qual nos encontramos. Sei que o Moodle faz tudo isso, mas a elegância do Akindi é imbatível.

Razões para usar o XMind nos seus mapas mentais

Antes de convencer você a usar o XMind, é preciso que esteja convencido a usar uma ferramenta de mapas mentais. Mas o que é um mapa mental?

Trata-se de uma representação visual das suas ideias, geralmente estruturada em formato de árvore.

Se você tem necessidade de apoio visual para aprender e memorizar ou se precisa apresentar qualquer conteúdo visualmente para outras pessoas, mapas mentais são para você. Caso prefira listas ou cards para estudar e tomar notas, talvez seja mais produtivo adotar outra abordagem. Um mapa mental tradicional se parece mais ou menos com isso:

Sou adepto dos mapas mentais, pois acho que realmente funcionam. Ao longo de todos os anos que utilizei mapas mentais para lecionar ou para apresentar conceitos a clientes, quase sempre deu certo. Quantos às poucas vezes em que os mapas mentais não funcionaram, imagino que tenha sido a ferramenta errada para o público. Se o público é formado de pessoas muito focadas na oralidade, evito apresentações visuais e com transições animadas.

Hoje, no entanto, isso é a exceção. A maioria das pessoas aceita e se sente atendida por explicações acompanhadas de diagramas. De outro lado, apenas o diagrama sem nenhuma explicação certamente não funcionará. Essa é uma das razões pelas quais mapas mentais só funcionam bem quanto feitos por você. Ocorre o mesmo problema se você tentar ler as anotações de outra pessoa, pois mapas mentais não deixam de ser notas dispostas espacialmente.

Embora seja possível desenhar um mapa mental com papel e caneta, os aplicativos facilitaram esse processo enormemente. Isso se deve a que não é preciso saber desenhar, bastando que você indique se o próximo passo é um filhote (usando o tab para isso) ou um irmão (usando o enter para isso) do último item editado. É possível também usar o mouse para fazer isso, mas com o teclado é muito mais prático.

O Bigglerplate é um site que mantém uma lista dos aplicativos de mapa mental mais utilizados e ele aponta do XMind como uma das soluções mais populares. Você pode comparar todas as alternativas por lá, mas aqui vou dar minhas razões pelas quais o XMind é uma solução muito competitiva:

  • Seu trial não expira. A única diferença para a versão paga são algumas funcionalidades que talvez você não precise, por exemplo, exportar em alta definição e converter o mapa mental em apresentação.
  • A versão para desktop funciona bem no Windows ou no Mac. Então você não precisa estar online para elaborar seus mapas mentais.
  • Mesmo dentro da mesma estrutura conceitual de árvore, existem diversas formas de exibição do conteúdo. Essa é uma funcionalidade única do XMind e a razão pela qual não consigo usar nenhum outro aplicativo concorrente.
Print da representação das estruturas do XMind
  • Se as estruturas são o diferencial do XMind, é também importante que ele tenha todas as ferramentas básicas da concorrência: links, conjuntos, chaves, notas, etiquetas e balões. Isso existe (ou precisa existir) em todo bom aplicativo de mapa mental.
Print das funcionalidades do XMind
  • O XMind tem atualizações anuais e vem evoluindo sempre. No entanto, a última edição trouxe novidades que não me interessam tanto: uma visualização nova e novas formas de apresentação.
Por todos esses motivos, o XMind é um aplicativo insubstituível para mim.

Caso você não confirme minha opinião, existem diversas opções recomendadas pelo Biggerplate: MindMeister (ênfase na colaboração online, mas somente três mapas gratuitos);  MindNote (muito bonito, mas somente para Mac); e, por fim, MindManager ou MindGenius (opções corporativas com foco em gestão de projeto ao preço de mais USD 160 ao ano).

Além desses, existem: Miro (boa ferramenta de whiteboard que também tem mapas mentais, mas limitada a três boards editáveis); Coggle (muito bonito e talvez o melhor para compartilhar, desde que os mapas mentais sejam públicos); e Scapple (espécie de whiteboard voltada a usuários do Scrivener).

Dessa comparação, fica claro que existem aplicativos de mapa mental que desejam entrar no mercado de gestão de projetos. Geralmente eles são muito caros e não me interessam. Existem também aplicativos para edição de diagramas que, ocasionalmente, servem para editar mapa mental. Eu prefiro o contrário: um aplicativo de mapa mental que, ocasionalmente, sirva para elaborar um diagrama.

Além disso, existem aplicativos web com foco na colaboração, o que não é meu interesse. O que busco é uma forma simples de organizar minhas ideias antes de compartilhar o que penso. Se a sua necessidade é parecida com a minha, o XMind pode ser a melhor opção. Mas a lista de todas as alternativas é muito longa e qualquer omissão aqui não significa que o aplicativo seja ruim.

Na verdade, a lista completa seria praticamente inesgotável, especialmente se considerarmos que hoje os aplicativos de mapa mental passaram a concorrer no segmento de produtividade e colaboração em tempo real.

Espero que essas linhas gerais ajudem você a posicionar os aplicativos que resolver testar e suas alternativas mais próximas, pois realmente a busca pode ser tornar longa e confusa. Basta ver a infinidade de posts na internet que pretendem listar todos os programas disponíveis, sem muito colaborar para a sua decisão.

Boa escolha!

Razões para usar o XMind nos seus mapas mentais

Antes de convencer você a usar o XMind, é preciso que esteja convencido a usar uma ferramenta de mapas mentais. Mas o que é um mapa mental?

Trata-se de uma representação visual das suas ideias, geralmente estruturada em formato de árvore.

Se você tem necessidade de apoio visual para aprender e memorizar ou se precisa apresentar qualquer conteúdo visualmente para outras pessoas, mapas mentais são para você. Caso prefira listas ou cards para estudar e tomar notas, talvez seja mais produtivo adotar outra abordagem. Um mapa mental tradicional se parece mais ou menos com isso:

Sou adepto dos mapas mentais, pois acho que realmente funcionam. Ao longo de todos os anos que utilizei mapas mentais para lecionar ou para apresentar conceitos a clientes, quase sempre deu certo. Quantos às poucas vezes em que os mapas mentais não funcionaram, imagino que tenha sido a ferramenta errada para o público. Se o público é formado de pessoas muito focadas na oralidade, evito apresentações visuais e com transições animadas.

Hoje, no entanto, isso é a exceção. A maioria das pessoas aceita e se sente atendida por explicações acompanhadas de diagramas. De outro lado, apenas o diagrama sem nenhuma explicação certamente não funcionará. Essa é uma das razões pelas quais mapas mentais só funcionam bem quanto feitos por você. Ocorre o mesmo problema se você tentar ler as anotações de outra pessoa, pois mapas mentais não deixam de ser notas dispostas espacialmente.

Embora seja possível desenhar um mapa mental com papel e caneta, os aplicativos facilitaram esse processo enormemente. Isso se deve a que não é preciso saber desenhar, bastando que você indique se o próximo passo é um filhote (usando o tab para isso) ou um irmão (usando o enter para isso) do último item editado. É possível também usar o mouse para fazer isso, mas com o teclado é muito mais prático.

O Bigglerplate é um site que mantém uma lista dos aplicativos de mapa mental mais utilizados e ele aponta do XMind como uma das soluções mais populares. Você pode comparar todas as alternativas por lá, mas aqui vou dar minhas razões pelas quais o XMind é uma solução muito competitiva:

  • Seu trial não expira. A única diferença para a versão paga são algumas funcionalidades que talvez você não precise, por exemplo, exportar em alta definição e converter o mapa mental em apresentação.
  • A versão para desktop funciona bem no Windows ou no Mac. Então você não precisa estar online para elaborar seus mapas mentais.
  • Mesmo dentro da mesma estrutura conceitual de árvore, existem diversas formas de exibição do conteúdo. Essa é uma funcionalidade única do XMind e a razão pela qual não consigo usar nenhum outro aplicativo concorrente.
Print da representação das estruturas do XMind
  • Se as estruturas são o diferencial do XMind, é também importante que ele tenha todas as ferramentas básicas da concorrência: links, conjuntos, chaves, notas, etiquetas e balões. Isso existe (ou precisa existir) em todo bom aplicativo de mapa mental.
Print das funcionalidades do XMind
  • O XMind tem atualizações anuais e vem evoluindo sempre. No entanto, a última edição trouxe novidades que não me interessam tanto: uma visualização nova e novas formas de apresentação.
Por todos esses motivos, o XMind é um aplicativo insubstituível para mim.

Caso você não confirme minha opinião, existem diversas opções recomendadas pelo Biggerplate: MindMeister (ênfase na colaboração online, mas somente três mapas gratuitos);  MindNote (muito bonito, mas somente para Mac); e, por fim, MindManager ou MindGenius (opções corporativas com foco em gestão de projeto ao preço de mais USD 160 ao ano).

Além desses, existem: Miro (boa ferramenta de whiteboard que também tem mapas mentais, mas limitada a três boards editáveis); Coggle (muito bonito e talvez o melhor para compartilhar, desde que os mapas mentais sejam públicos); e Scapple (espécie de whiteboard voltada a usuários do Scrivener).

Dessa comparação, fica claro que existem aplicativos de mapa mental que desejam entrar no mercado de gestão de projetos. Geralmente eles são muito caros e não me interessam. Existem também aplicativos para edição de diagramas que, ocasionalmente, servem para editar mapa mental. Eu prefiro o contrário: um aplicativo de mapa mental que, ocasionalmente, sirva para elaborar um diagrama.

Além disso, existem aplicativos web com foco na colaboração, o que não é meu interesse. O que busco é uma forma simples de organizar minhas ideias antes de compartilhar o que penso. Se a sua necessidade é parecida com a minha, o XMind pode ser a melhor opção. Mas a lista de todas as alternativas é muito longa e qualquer omissão aqui não significa que o aplicativo seja ruim.

Na verdade, a lista completa seria praticamente inesgotável, especialmente se considerarmos que hoje os aplicativos de mapa mental passaram a concorrer no segmento de produtividade e colaboração em tempo real.

Espero que essas linhas gerais ajudem você a posicionar os aplicativos que resolver testar e suas alternativas mais próximas, pois realmente a busca pode ser tornar longa e confusa. Basta ver a infinidade de posts na internet que pretendem listar todos os programas disponíveis, sem muito colaborar para a sua decisão.

Boa escolha!

Aplicativos para complementar cursos oferecidos pelo Teams

Como solucionar as fragilidades da solução da Microsoft para cursos remotos?

Sabemos que o Teams é a solução de escritório digital da Microsoft. Mas sabemos também que sua ferramenta de vídeo é muito usada para conferências, o que inclui a gravação de aulas online. Então não é surpresa que muitos de nós utilizemos o Teams para oferecer cursos de forma remota.

Apesar de sua popularidade, sempre achei que o Teams tem alguns pontos fracos para esse uso. Um dos pontos centrais para mim é a ausência de uma boa ferramenta de avaliação. Felizmente, esse ponto hoje está completamente resolvido com o uso do Akindi. Este é meu post sobre como aplico minhas provas objetivas com o auxílio dessa ferramenta.

Como aplicar provas objetivas na pandemia
Akindi é o aplicativo que torna fácil aplicar e corrigir gratuitamente uma prova objetiva pela internet
Post anterior sobre como aplico minhas provas

A outra questão complicada para é que o Teams não tem uma boa central de notificações. Pensando nisso, passei a organizar meus cursos com o auxílio do Ghost, pois assim foi possível criar uma espécie de newsletter para os alunos. Meus cursos passaram a ter então a seguinte cara:

Exemplo de curso que organizei usando o Ghost

Embora tenha sido um avanço a adoção desse layout, acabei concluindo que eu não precisaria de manter um Ghost só para ter uma newsletter. Isso poderia ser feito com mais facilidade com algo no estilo do Revue ou do Substack. Realmente vale a pena dar uma olhada nessas soluções para envio de mensagens a uma comunidade, pois podem ser um bom complemento para o Teams.

É que essas soluções, além de servirem para mandar emails, são ótimas para organizar inscritos, o que é algo que o Teams nunca pretendeu fazer. No meu caso específico, ainda que os estudantes tivessem cadastro no Teams, muitas vezes o email cadastrado não era o mais utilizados por eles. Em razão disso, era muito importante criar uma ferramenta de gerenciamento que servisse à criação da lista de emails com os endereços de preferência atual dos alunos.

Levando isso em consideração, terminei optando pelo Sendfox. Trata-se da solução de newsletter da AppSumo Originals,  que é uma linha de produtos com ótimos planos gratuitos ou com opções de bom custo-benefício. Ademais, a própria AppSumo resolve a principal limitação do Sendfox, consistente em que a landing page para divulgação da lista de email não é muito customizável. A solução para isso se chama Sleekbio e é também uma oferta gratuita da mesma empresa.

Na verdade, o Sleekbio foi criado para que você tenha uma página pessoal, e não uma landing page comercial, razão pela qual se espera que você tenha apenas um endereço e que o conecte com suas redes sociais. Apesar disso, nada impede que a criação de novas contas no Sleekbio, valendo-se da excelente plataforma deles para criar páginas que não sejam apenas um endereço para a sua bio. Sua integração com as ferramentas da AppSumo é totalmente transparente e causa uma ótima impressão.

Em resumo, eu preciso de uma solução para aplicar provas objetivas (Akindi). Preciso também de uma solução para gerenciamento de emails e notificações (Sendfox). Por fim, preciso que tudo isso esteja integrado num endereço só, numa espécie de landing page (Sleekbio).

O lado ruim é que essas ferramentas, por serem comerciais, não me permitem ter um endereço web customizado. No entanto, isso não é tão importante para o meu uso e prefiro saber que posso contar com esses serviços gratuitamente ou a um preço bem camarada, caso em que decida tirar o máximo de cada um deles. Hoje os planos gratuitos me atendem e acho que podem servir a você também.

Reorganizando meus cursos no Teams

O Teams não é ótimo em nada. Mas todo mundo sabe usar e isso me basta.

Logo quando teve início o primeiro semestre de aulas remotas, publiquei aqui um post descrevendo quais ferramentas escolhi para gerir os cursos que leciono na Faculdade de Direito da UnB. Preciso reconhecer que não foram as melhores escolhas.

Passei a usar o Teams, que é a ferramenta oferecida pela organização na qual trabalho. Não morro de amores pelo Teams, mas acho que ninguém morre. Bom ou ruim, todo mundo já usou o aplicativo e sabe como as coisas se organizam.

Particularmente, detesto as notificações do Teams, pois até hoje não consegui evitar que ele me mande email replicando as notificações já exibidas dentro do aplicativo. De outro lado, a ferramenta de vídeo é muito boa e terminou que essa foi a única funcionalidade que usei de verdade.

Estruturando meu curso remoto de Direito Processual Civil
No post explico como estou organizando as disciplinas que leciono na UnB e listo as minhas ferramentas preferidas para isso.
Post no qual descrevo diversas ferramentas que terminei por deixar de usar
E quais foram meus maiores erros na escolha de uma solução com vários aplicativos?

O primeiro erro foi subestimar o trabalho exigido para manter um curso atualizado no nível que eu pretendia. Ao longo do semestre, me dei conta que o trabalho estava sendo muito maior do que eu imaginava e não consegui cumprir o prometido.

O segundo erro foi achar que eu poderia utilizar um modelo de organização de informações (que hoje é a regra no suporte ao cliente) para a organização de um curso acadêmico. Terminei percebendo que para alcançar todos os alunos você tem que mudar o mínimo possível a forma de exibição do seu curso. Bem, se eles são os usuários e querem algo que seja familiar a eles, inovar aqui é um risco.

O terceiro erro foi supor que os alunos utilizariam uma ferramenta de comentários adicional para falar comigo e entre si. Isso realmente não aconteceu. Nem mesmo os alunos utilizaram um recurso para falar apenas comigo. Então, nem tive sucesso no fórum, nem no chat. Terminei cedendo ao WhatsApp, o que era meu maior medo.

Meu quarto erro foi utilizar uma ferramenta gratuita de envio de emails. Confesso que não entendi o que se passou direito. Mas o fato é que o Mailgun não teve uma taxa de entrega de mensagens muito boa e que o funcionamento do Ghost para esse tipo de interação não é livre de riscos. Alguns emails simplesmente não chegavam ou eram identificados como spam.

Mas não tive apenas erros e algumas coisas funcionaram muito bem.

Manter uma ferramenta de feedback em tempo real foi muito interessante, pois confirmei os pontos fortes da minha proposta de curso. De outro lado, o feedback negativo não chegou por esse canal. Imagino que o estudante evite dar um retorno negativo ao seu professor até o fim do semestre.

Publicar mapas mentais com o conteúdo foi um ponto muito positivo. Aqui não tive muita surpresa, pois é algo que eu sempre soube, mesmo antes de usar uma ferramenta de feedback. Em geral, qualquer organização resumida e visual faz muito sucesso com os estudantes.

Por fim, outro ponto que funcionou bem - talvez por ser complementar aos mapas mentais - foi o podcast que criei. Eu fiz um micro-podcast, gravado no Anchor e publicado no Spotify. Foi uma experiência interessante, pois é muito prático produzir conteúdo dessa forma.

É isso. Esses foram meus erros e acertos. De agora em diante, vou utilizar o Teams como principal aplicativo para dar aulas. Não é que o Teams seja excelente em nada. Ele apenas é uma plataforma que todos conhecem e na qual eu posso postar minhas aulas gravadas.

No próximo post vou explicar quais os três aplicativos que continuarei a usar em complemento ao Teams no semestre que está para ter início.

Até breve!


PS: Segue o post com a atualização prometida:

Aplicativos para complementar cursos oferecidos pelo Teams
Como solucionar as fragilidades da solução da Microsoft para cursos remotos?
Post explicando como uso o Akindi, o SendFox e o Sleekbio

Como estudar direito processual civil (sozinho)

No post explico como tentar entender a lei processual separando os fluxos, as listas e os conceitos presentes nela.

Com o início recente dos meus cursos remotos, algumas coisas ficaram mais claras na minha cabeça sobre como estudar direito processual. Na verdade, acho que essa abordagem vale para qualquer tipo de matéria jurídica dogmática.

A primeira meta do estudante deve ser se tornar capaz de ler a lei (ainda que com algumas lacunas de compreensão). E ele deve se lembrar sempre que essa não é uma tarefa fácil. Naturalmente, para alcançar essa primeira meta, o estudante deve saber o tema que vai estudar e identificar os respectivos artigos no Código.

Caso tenha qualquer dificuldade na leitura da lei, deve buscar um material de apoio. O principal material de apoio é um manual. Caso queira aprofundar um assunto, daí será possível buscar um curso com vários volumes ou mesmo uma monografia apenas para cuidar disso.

Na sequência, minha recomendação é que o estudante destaque na lei os fluxos, as listas e os conceitos de sua leitura.

Eu acho essa divisão entre fluxos, listas e conceitos algo fundamental, pois ajuda a fragmentar o problema do estudante. Vamos ver um exemplo do Código de Processo Civil, separado em quatro partes:

"Art. 523. (1) [No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa], (2) [o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente], (3) [sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias], (4) [acrescido de custas, se houver.]"

O fluxo é intimar o executado a pagar em 15 dias (3). Essa é a parte principal. No mais, existe uma lista de requisitos (1), uma indicação de modo (2) e um complemento sobre o modo (4). Penso que essas listas são atributos do fluxo: requisitos, modos, consequências, particularidades, etc. Já os conceitos não estão nessa mecânica, referindo-se à semântica de certas palavras, cujo sentido é normativamente definido, por exemplo: liquidação, cumprimento definitivo, sentença, etc.

Com isso quero dizer que, tratando-se de direito processual, o leitor deve sempre buscar entender o fluxo. As listas são importantes, mas não podem retirar o protagonismo do fluxo. E os conceitos, na verdade, são totalmente estáticos e não interferem na dinâmica do fluxo. Geralmente um conceito terá um título reservado para si na lei, de modo que sua presença num fluxo é uma espécie de referência (ou seja, um atalho) pra outro ponto da lei.

Como o professor pode ajudar o aluno nessa jornada?

O professor pode fazer um mapa mental, que será útil para fazer uma "listas das listas". Mas o mapa mental não tem uma boa representação do fluxo, que seria melhor notado por meio de um fluxograma. Elaborar fluxogramas é mais difícil e geralmente não faz parte da nossa cultura jurídica. Isso termina gerando uma confusão, pois as pessoas não separam bem o que é uma lista e o que é um fluxo.

Por seu turno, a explicação dos conceitos deve ser feita como uma nota de rodapé na descrição do fluxo. No meu modo de ver, um problema está em que nossa cultura jurídica coloca ênfase nas descrições conceituais, especialmente no início do curso de direito - o que é insuficiente para entender os fluxos das matérias processuais.

Então meu conselho é que o estudante tente ler a lei e, com o auxílio dessas classificações, identifique qual é a lacuna que existe na sua compreensão. Se faltou um conceito, busque o conceito. Se faltou entender o encadeamento do fluxo, tente entender os fluxos anteriores ou os fluxos paralelos. Ao menos o estudante terá uma boa intuição do que buscar.

Ao ir e vir na lei, buscando apoio na doutrina (quando necessário), o estudante avança na compreensão da matéria. O que me parece ser uma armadilha é deixar que o estudante leia a a lei como quem lê qualquer tipo de prosa. O risco de incompreensão é alto e, sem as ferramentas que descrevi, o entendimento da lei processual pode se tornar ainda mais difícil.

Estruturando meu curso remoto de Direito Processual Civil

No post explico como estou organizando as disciplinas que leciono na UnB e listo as minhas ferramentas preferidas para isso.

Com a necessidade de realizar cursos de forma remota, resolvi investir mais na metodologia que, de algum modo, eu já vinha desenvolvendo. O exemplo que dou aqui é referente às disciplinas que leciono na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, instituição que passou a trabalhar remotamente no segundo semestre de 2020.

Em termos de ferramentas, meu curso está estruturado à semelhança de uma base de conhecimento - do tipo em que encontramos em todo aplicativo moderno. Apenas apliquei ao direito a abordagem de perguntas e respostas (FAQ) acopladas a uma ferramenta de busca, de modo o estudante não precise receber nenhum treinamento. A aparência é bastante familiar:


O vídeo mostra que é possível navegar pela busca e que cada tópico tem, como material de apoio, um mapa mental e um áudio curto. Inicialmente, achei que essa receita funcionaria para todos, mas agora estou repensando como estruturar melhor o conteúdo, pois o retorno que tive dos estudantes não foi tão bom quando eu imaginava.

O problema parece estar em que o mapa mental é muito bom para o autor do próprio mapa, e não para o leitor. Como eu já tinha essa limitação em mente, escolhi publicar também um áudio curto (micro podcast) explicando o mapa mental. Hoje considero fazer podcasts mais longos e indicar alguns textos que já constam da bibliografia (por volta de 20 páginas cada texto). Atualizarei este post no futuro compartilhando com vocês os resultados obtidos.

Mas atualmente o que tenho é essa estrutura de base de conhecimento e acho que a proposta foi bem recebida. Em cima desse "chassi", adicionei algumas ferramentas opcionais: fórum, chat, email, feedback, notificações por email etc. Todas são as ferramentas mais simples que encontrei, pois realmente queria ir direto ao ponto.

Ainda não consegui emplacar a interação via fórum e chat, mas as demais funcionalidades tiveram boa aceitação. Recebo frequentemente emails com pedidos de esclarecimento e dúvidas sobre a matéria e envio, também por email, as notificações sempre que publico conteúdo novo. Essa parte acho que tem funcionado muito bem.

Até agora minhas principais escolhas funcionaram, pois o que eu queria mesmo era evitar mais um grupo de WhatsApp, além de não ficar limitado ao ambiente fechado do Moodle. O WhatsApp é muito informal e não respeita as fronteiras entre o trabalho e a vida social. E o Moodle é uma plataforma robusta, mas que já sente o peso da idade.

Não sei se posso recomendar aos outros professores minha receita, pois terminei construindo um mosaico de ferramentas que talvez só funcione bem para mim. Outra forma de dizer isso é reconhecer que a curva de aprendizado é grande. Bem, eu buscava uma solução definitiva para mim, pois pretendo ainda lecionar por muitos anos. Para mim valeu o investimento. 😅

Para a base de conhecimento, utilizo um blog Ghost, que é uma plataforma open source. Ou seja, o software é gratuito e você fica responsável pela hospedagem. A customização fiz a partir de um template pago chamado Digidocs (USD 59), mas você pode escolher outro que atenda.

O restante das ferramentas são aplicativos utilizados em sua versão free, na seguinte sequência: Disqus (fórum exibido ao final de cada post), Gitter (chat exibido somente na página inicial), Emojicom (feedback exibido após determinado tempo de leitura), Mailgun (gestão de membros e notificações por email) e Hypothesis (painel lateral de grifos e anotações). Os mapas mentais são feitos em XMind e o podcast foi gravado no Anchor e distribuído pelo Spotify.

Espero que essas referências sirvam de inspiração para ajudar você a organizar seus cursos, caso precise da mesma flexibilidade que eu. Mas realmente acho que não é a melhor escolha para todos e que você pode hospedar gratuitamente seu curso no Canvas, pois não precisaria se preocupar com nada, apenas com suas aulas.

Em resumo, estou estruturando meus cursos com esse conjunto de ferramentas, pois quero ter a máxima flexibilidade na sua organização. Mas entendo que a melhor solução para a maioria seria algo mais simples e que já venha pronto. E então, qual é o seu perfil? Prefere buscar uma solução mais customizada ou algo que já esteja pronto?

Minha lista de editores de texto

Lista dos editores de texto que mais gosto, separados por complexidade e preço.

Bem, antes de conhecer comunidades como Research Hacking (organizado por Nicholas Cifuentes-Goodbody), eu poderia até ter vergonha da minha lista de editores de texto.

Mas agora, conhecendo uma série de pessoas que estão diversos níveis acima de mim em termos de organização, venho abrir meu coração e dizer quais são os editores de texto que tenho utilizado. Como podem notar, são vários. 😇

Caso não esteja familiarizado com a proposta de editores em markdown, recomendo um breve vídeo, no qual o já mencionado Cifuentes-Goodbody demonstra as vantagens desse tipo de escrita. Eu concordo com essa abordagem e por isso, sempre que posso, opto por escrever em markdown.

Do mais simples ao mais complexo, utilizo como editor o Sublime, especialmente quando vou editar arquivos em .txt. Sei, contudo, que o Sublime tem diversas funcionalidades bastante avançadas, especialmente para quem escreve em código de computador.

Como meu uso é limitado nessa frente, prefiro ficar com o Sublime apenas para ter um editor a menos, já que minha lista é grande e ele é uma ótima opção também para tarefas simples. Trata-se de um editor bastante versátil, no qual não se sente o peso de muitas funcionalidades, pois elas estão ocultadas na interface, que é bastante limpa.

Do ponto de vista do modelo de negócio, você não é obrigado a pagar pelo Sublime, pois existe uma versão gratuita com trial por tempo indeterminado. O programa apenas alerta, educadamente e de tempos em tempos que, caso queira, é possível comprar uma licença.

Em um grau um pouco mais complexo, uso o Bear. Vejo o Bear como um aplicativo de notas que tem um ótimo sistema de recuperação de informações, especialmente por meio dos seus hashtags aninhados. Isso mesmo: você pode criar uma árvore estruturada de hashtags e navegar nas suas notas por assunto.

Já expliquei, no passado, como organizo no Bear as questões que aplico nas minhas provas. Realmente é um aplicativo muito útil e que já tem muitas funcionalidades em sua versão gratuita. A principal funcionalidade paga é a sincronia de notas entre diversos dispositivos, que é algo que pessoalmente acho dispensável.

Partindo para editores de informação mais estruturada, uso o XMind. Na verdade, não se trata de um editor de texto, e sim de mapas mentais. Então não é propriamente possível compará-lo com os demais editores. Sua versão gratuita é bastante robusta e, para o meu uso, é bastante suficiente.

Por fim, quanto ao XMind, não sinto falta da versão paga, pois sua única funcionalidade exclusiva é o exportador de mapas mentais em .pdf e formatos de imagem. A versão gratuita gera os mesmos arquivos de exportação, mas com uma marca d'água.

No campo dos editores de texto estruturado, o Dynalist é minha opção. Trata-se de um editor de outline, ou seja, de listas estruturadas. A ferramenta de busca é incrível e é possível perceber que o aplicativo está em constante evolução.

Assim como os outros aplicativos mencionados, o Dynalist tem um plano gratuito bastante generoso e as únicas funcionalidades que parecem fazer falta são a marcação de favoritos e o painel de hashtags. Isso não prejudica o uso da versão gratuita, sem dúvida.

Partindo para editores de textos mais longos, uso bastante o iA Writer. É um editor de markdown muito básico, mas extremamente bem acabado. É um software pago e que vale cada centavo, USD 29,90 na versão para Mac e USD 19,90 para Windows. Caso tenha interesse, o desenvolvedor publicou um comparativo bastante completo - e parcial - considerando o Word a Microsoft:

Como o iA Writer é obrigatoriamente pago, deixo uma alternativa gratuita que atende, basicamente, à mesma demanda: o Typora. Aliás, o Typora é um editor muito original e tem um ótimo suporte para tabelas em markdown. Mas esse assunto é tão complexo que demandaria um novo post.

Os últimos dois editores também são pagos e servem para projetos muito complexos, por exemplo, para escrita de um livro.

Ainda no campo da escrita em markdown, uso o Ulysses. Se você resolver assinar o Ulysses (ou seja, o desenvolvedor não trabalha mais vendendo licenças), terá que desembolsar R$ 14,90 por mês. Pessoalmente, acho o valor caro e continuo usando uma versão antiga, que comprei antes que fosse imposto o modelo de assinatura. Ainda assim, ninguém pode deixar de reconhecer a qualidade do Ulysses.

E, no campo dos editores com formatação embutida no texto (ou seja, rich text format), o editor da minha preferência é o Scrivener. Sua versão para Mac custa R$ 184, enquanto a versão para Window custa R$ 169. No meu modo de ver, por não trabalhar com markdown, o Scriver é a evolução natural para os usuários descontentes com o Word da Microsoft.

Em conclusão, existem diversas soluções boas no mercado, com diversos propósitos e preços. A grande questão parecer ser o quanto você está disposto a investir, em termos de tempo e dinheiro, para evitar usar o Word da Microsoft. No meu caso, por saber que as outras opções são ferramentas muito mais vocacionadas para cada missão, só utilizo o Word como última alternativa.